terça-feira, 31 de março de 2009

Este mundo está perdido! #2

Se há coisa que me irrita profundamente nesta malta agarrada às comunicações por intermédio de tecnologias, é quando, ao rirem-se, dizem LOL (isto numa interacção cara-a-cara, note-se!). Conheço várias pessoas que o fazem, mas de cada vez que ouço esta pérola, continuo a sentir um choque tão grande como da primeira vez.

Pois bem, meus amigos, LOL é a sigla a que a expressão inglesa Laughing Out Loud (qualquer coisa como “Rindo a Bandeiras Despregadas”) fica reduzida, para, em conversas informais em que não nos é possível ter essa percepção (Messenger, sms’s, e por aí fora), sabermos que o nosso interlocutor se está a rir.
Quando estamos a falar com vocês pessoalmente, nós percebemos isso, não é preciso que o verbalizem, e muito menos que o façam com um LOL, ok?

Sinto-me francamente insultada de cada vez que estou com alguém que desata aos LOL’s, parece que me consideram estúpida ao ponto de não saber descodificar uma mensagem não verbal tão primária como um sorriso. Ou vai daí que os estúpidos são eles, que ainda não perceberam a figurinha triste que fazem…!

Já nem isso a beleza garante...


segunda-feira, 30 de março de 2009

Este mundo está perdido!

Uma vez a minha irmã confessou-me que não conseguia entender como é que as pessoas namoravam antes de existirem telemóveis. Fiquei tão chocada que nem respondi.
Hoje, uma colega contou-me que uma sobrinha sua, adolescente, lhe fez a mesma pergunta.

Aqui vai a minha resposta a ambas:

- Antes de exitirem telemóveis, as pessoas não namoravam. Aliás, foi por isso que os telemóveis foram inventados, para evitar a extinção da espécie (como as pessoas não namoravam, obviamente que também não acasalavam nem tinham bebés, por isso o nosso planeta andava a ficar despovoado e a continuar assim morriamos todos e não ficava cá ninguém, perceberam?)
Logo, se hoje temos países tão populosos como a China, é ao telemóvel que o devemos. Isso e as gravidezes precoces, que acontecem logo na puberdade porque os pais dão telemóveis aos filhos cada vez mais cedo.

Quando uma geração já não consegue conceber interacções sociais sem o intermédio das tecnologias, é caso para nos preocuparmos. Muuuito!


sábado, 28 de março de 2009

Um genro à altura da minha Mãezinha...

... que é como quem diz um Prince Charming aqui para a Cinderela!





O McDreamy, claro! Apaixonei-me por ele desde o momento em que o vi na Anatomia de Grey. É lindo, lindo, lindo!


Moreno, alto q. b., sorrisinho pepsodent, corpinho danone... E esta barba de 2 dias, tão sensual! Homens destes é que valem a pena! Alguém sabe onde é que os há?



E para bem do meu teclado, vou parar de me babar!



Patrick Dempsey, coisinha sexy, só te digo isto: "I definitely would!"

Conversas profundas

Aqui fica a transcrição de uma conversa com a minha mãe, uma conversa que, sem dúvida, irá ter repercussões na minha vida:

Mãe: Realmente estás muito bonita, mas não conseguias fazer o mesmo sem demorares tanto tempo?
Cinderela: Não, mãe, não consigo. A beleza dá trabalho, sabias?
Mãe: Andas-te a produzir muito para ir trabalhar…

O mais grave nisto tudo nem é o facto de os elogios da minha mãe virem sempre com uma crítica subtil a reboque. Grave é ela ter insinuado, por eu andar feliz e ter mais vontade de me arranjar, que eu ando interessada em algum dos ogres lá do perímetro!
Cruzes canhoto, que o diabo é torto! Lagarto, lagarto, lagarto! Três pancadas na madeira e uma mão cheia de sal deitada ao chão por cima do ombro!

Se a ideia é que eu passe a sair de casa mais cedo, devo dizer que resultou, porque segunda-feira já vou de trabalhar de fato-de-treino, que é para afastar suspeitas insultuosas quanto ao meu bom gosto no que toca ao sexo oposto!
Podem passar a achar que eu sou feia mas se for esse o preço a pagar para deixar claro que não ando desesperada e que mantenho os meus critérios rigorosos de qualidade, não me importo.


sexta-feira, 27 de março de 2009

Fim do mês

Tenho uma relação de amor-ódio com o meu trabalho. Há dias em que o odeio, em que me sinto um barril de pólvora prestes a explodir, em que penso em dizer umas verdades e bater com a porta (em sentido literal e figurado) de forma dramática, para não mais regressar.

E depois há os dias como o de hoje, em que me sinto gratificada, em que o meu trabalho me dá uma satisfação genuína que justifica completamente o facto de eu me manter por lá: são os dias em que recebo o meu chequezinho!
E viva o dia de São Receber!


P. S. - Não, não ganho muito, dá para cometer umas excentricidades de vez em quando, principalmente no que se refere a presentes para os outros, porque nesta fase da minha vida também não tenho grandes despesas. Mas ainda assim nestes dias sinto esta falsa sensação de conforto e até esqueço que estou a recibos verdes, que nunca saio a horas decentes, que cada dia me atribuem mais responsabilidades e que acabo por fazer o trabalho de duas pessoas, que não sou valorizada por isso, que assumem que eu não tenho vida pessoal e que tenho de estar sempre disponível, etc., etc., etc....

quarta-feira, 25 de março de 2009

Hoje é um dia feliz

Não posso deixar de escrever qualquer coisa em homenagem ao dia 25 de Março, o que está prestes a acabar, pela lufada de ar fresco que veio trazer, por marcar o início de uma nova fase da minha vida.
Vou então transcrever aqui um pequeno excerto de uma carta que escrevi durante a tarde, uma missiva de 7 páginas cheias de self-disclosures. A destinatária ainda não a leu, apesar de já lha ter entregue, porque adormeceu cedo, cansada de dois meses e meio de sofrimento e de insónias.

"Hoje é um dia feliz. Feliz como há já muito não havia um.

Hoje não acordei sobressaltada com o despertador, não acordei cansada, com vontade de ficar na cama, como costumo. Acordei de forma natural, como se o meu corpo estivesse saciado de descanso, com uma energia que nunca tenho nos outros dias.
Quando abri a janela, percebi que o mundo ao meu redor sabia que o dia era de felicidade; por isso as pessoas tinham um ar mais gentil, o sol aquecia mais do que o costume e o céu estava de um azul diferente, um azul que estava guardado desde o início do mundo para ser usado hoje.
Nas notícias disseram que o Deco talvez não possa alinhar no próximo jogo da Selecção de apuramento para o Mundial. Não me aborreci. Disseram que o preço do barril de petróleo caiu. E apesar de ser uma boa nova, não fiquei mais contente por isso. A minha felicidade tinha já atingido o seu auge, era impossível aumentá-la ainda mais, e certamente que não seria o futebol a diminuí-la.
Tomei banho em cinco minutos, acção inédita da minha parte, porque hoje nem me lembrei de usar todas as minhas máscaras e os meus cremes do costume. Vesti aqueles jeans coloridos, os cor-de-rosa, tão primaveris que chamam demasiado a atenção e que nunca usei num dia de trabalho. Pus aquele perfume que me deste no aniversário, de edição limitada, que guardo para ocasiões especiais, e que por isso tem cheiro de felicidade.
Almocei qualquer coisa leve, distraidamente, sem fome. Apenas por rotina. Apenas porque era só depois do almoço que te podia ir buscar ao hospital.
Ontem à noite, quando saía da tua beira com a certeza de que era a última que passarias longe de casa, recordei aquela outra noite, há dois meses e meio atrás, a primeira em que te deixei ficar nesse lugar horrendo.
(...)
Mas hoje, dia 25 de Março de 2009, não vamos recordar coisas tristes. Afinal de contas, hoje é um dia feliz, feliz como há já muito não havia um. É o dia em que tu, minha adorada Mãe, voltaste para casa. Mais sofrida, mais fragilizada, mas renascida para uma segunda oportunidade de viver. Voltaste, e é tudo o que importa!"

EMO

Já há uns tempos que os tenho visto por aí, com os seus cabelos lisos, por norma escuros, com cortes estruturados a tapar os olhos, emoldurados por um espesso eyeliner negro. São adolescentes que vestem de preto, com uns apontamentos de cor, geralmente sob a forma de listas verticais. Nas mãos costumam utilizar aquelas luvas sem dedos.
Vestem jeans e camisolas justas e calçam sapatilhas all star.
As raparigas dão uso a acessórios mais coloridos, nomeadamente no cabelo.
Alguns têm piercings no rosto, preferencialmente no queixo, ou por baixo do lábio inferior. Têm a pele alva, mesmo no Verão, como se o sol nunca lhes pegasse.
São os miúdos que ouvem os Fall Out Boy, os Good Charlotte (a banda do namorado/marido/ whatever da Nicole Ritchie) ou os My Chemical Romance (segundo a minha pesquisa, há muitas outras, mas estas são apenas as que eu reconheço).

Sempre os soube distinguir dos góticos, dos metaleiros, dos grungers (estes extinguiram-se com o Kurt Cobain, certo?)… Mas só hoje soube que tinham uma denominação própria.
Estou mesmo a ficar out! Estas terminologias, que em tempo dominei como ninguém, começam a causar-me estranheza…



segunda-feira, 23 de março de 2009

No rescaldo do dia de ontem

Hoje o disco efectivamente virou. Pena que tenha sido tarde e já não tenha ido a tempo de evitar uma série de sms muito tristes enviadas ontem, e que eu até tenho vergonha de reler. Humilhei-me, supliquei, demonstrei carências afectivas… Enfim, fui alguém que eu não costumo ser.
Ao fim de vários foras e muito desprezo, percebi que não valia a pena dar mais golpes na minha dignidade e desisti de correr atrás de quem não me quer. E que Deus e os anjos me conservem este estado de alma por muito tempo, que isto de andar como ontem não combina nada comigo!
Durante todo o dia ecoaram na minha cabeça aquelas sábias palavras do Rod Stewart, na música Baby Jane:



“When I give my heart again
I know it's gonna last forever
No one tell me where or when
I know it's gonna last forever
(..)
I've said goodbye so many times
the situation ain't all that new
Optimism's my best defense
I'll get through without you
(…)
go your own way don't think twice about me
Cause I've got ideas and plans of my own
so long darlin' I'll miss you believe me
The lesson learned was so hard to swallow
but I know that I'll survive
I'm gonna take a good look at myself and cry”

Também poderia ter sido a música dos D`zrt, aquela parte do “Não sofro mais, não/ Não tenho tempo/ Até gostei de ti, mas foste um contra-tempo” e que tem aquele refrão do “Para mim tanto me faz/Que digas coisas boas ou coisas más/ Ou mesmo que inventes/ Algo que eu nunca fui/ Yeeeeeeeeah...” mas, vá-se lá saber porquê, a minha mente escolheu antes o Rod Stewart.
Ainda bem!

domingo, 22 de março de 2009

O amor é mais que f#&%do...!


Aparentemente, essa sms não vai chegar. Nem hoje, nem nunca.

Tivesse eu forma de arrancar o coração do meu peito e talvez conseguisse aproveitar este Domingo de sol, este dia de Primavera que para outros tantas promessas trás.

Sinto-me vazia de coisas boas, incapaz de aproveitar o que a vida me tem dado e tem voltado a pôr no lugar, depois da tempestade que me bateu à porta há uns meses.

Apetece-me fechar a janela e deitar-me no escuro do meu quarto, a chorar toda a tristeza que sinto. Mas nem isso me posso permitir.

O disco virava e tocava outra coisa diferente, oh se virava!

Tal como uma teen, bastaria também que determinada pessoa me enviasse uma sms a dizer aquilo que eu tanto quero ouvir, ou tão-somente a convidar-me para um café, para a minha neura passar num instante.
E aqui estou eu, a invocar os santos todos para que isso aconteça...

Mas porque raio é que eu não cresço?

Banda sonora do meu dia

Provavelmente, aos 25 anos já deveria ser crescidinha o suficiente para não me identificar com estas músicas de teens, mas, na verdade, hoje sinto-me mesmo assim. Bem vindos à minha vida!



Simple Plan – Welcome to my life

“Do you ever feel like breaking down?
Do you ever feel out of place?
Like somehow you just don't belong
And no one understands you

Do you ever want to run away?
Do you lock yourself in your room?
With the radio on turned up so loud
That no one hears you screaming

No you don't know what it's like
When nothing feels alright
You don't know what it's like
To be like me

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life

Do you wanna be somebody else?
Are you sick of feeling so left out?
Are you desperate to find something more
Before your life is over?

Are you stuck inside a world you hate?
Are you sick of everyone around?
With their big fake smiles and stupid lies
While deep inside you're bleeding

No you don't know what it's like
When nothing feels alright
You don't know what it's like
To be like me

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life

No one ever lied straight to your face
And no one ever stabbed you in the back
You might think I'm happy
But I'm not gonna be ok
Everybody always gave you what you wanted
You never had to work
It was always there
You don't know what it's like
What it's like

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like (what it's like)

To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life

Welcome to my life
Welcome to my life”

sexta-feira, 20 de março de 2009

Coincidências felizes


Querem lá ver que, mesmo sem querer, eu fui estrear o meu blog no dia em que começa a Primavera? Vou ver isso como um bom presságio, um sinal divino! É que só pode mesmo ser!
Vida. Saúde. Felicidade. Amor. Alegria. Sorrisos. Paixão. Dinheiro (pelo menos o suficiente para não interferir com nenhum dos anteriormente mencionados). Beijos. Ajuda. Conforto. Amizade. Paz. Sonhos. Carinho. Força. Esperança. Abraços. Cumplicidade. Mimos. Partilha…*

Ora então sejam muito bem-vindos! Sintam-se em vossa casa.

*Só para estrear o meu blog com coisas boas. Não costumo ser supersticiosa, mas acredito na energia das palavras. E no poder da nossa vontade.