segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Coisas que não devem fazer (se prezam a minha amizade)

- Contarem-me que encontraram o meu ex-namorado num café/ bar da Baixa.

Já é suficientemente mau dizerem-me que o encontraram, escusam de piorar a situação acrescentando que foi num dos sítios que eu, por acaso, também frequento.
Notem que o facto de o verem por lá tem implícita diversão, animação e a existência de uma vida social activa, e eu preferia mesmo continuar a acreditar que ele se tinha tornado uma pessoa infeliz, miserável e solitária, consumido pelo arrependimento de ter sido um #%&!@ comigo. Ao reportarem-me este encontro imediato de 3º grau, de uma só vez conseguiram acabar com a minha vontade de voltar à Baixa e com a minha fantasia sádica de justiça divina. Clap clap clap!

- Dizerem-me que ele teve a desfaçatez de perguntar como é que eu estou.

Vinda de quem me virou as costas na fase mais difícil da minha vida e nunca mais me enviou sequer uma sms a saber que tal eu me estava a aguentar, esta pergunta chega a ser um ultraje e devia até dar direito a cadeia. Mas enfim, o facto de eu não ter facebook e de não actualizar o hi5 há mais de 2 anos deve suscitar muita curiosidade acerca da minha pessoa (não é à toa que eu escrevo o meu primeiro nome no Google e que uma das sugestões que aparece de imediato é o meu nome completo). Será que ela morreu? Será que ainda trabalha no mesmo sítio? Terá um namorado muito melhor e mais inteligente do que eu? Tudo questões que, não chegando para lhe tirar o sono à noite, ainda assim devem inquietar aquele cérebro pequenino.

Se voltar a acontecer, digam-lhe que estou óptima, cada dia mais gira, e que desde que ele se foi já limpei o sebo a uma doença lixadíssima, já conclui mais uma pós-graduação, já entrei num mestrado numa faculdade top e que no emprego ocupo um cargo bem mais fixe. Tudo verdades. Digam-lhe isto tudo, deixem-no verde de inveja, mas não me venham contar depois. Toda a gente tem tabus; ele é o meu.

4 comentários:

Anónimo disse...

Se visse esse homem plantava-lhe umas taponas nas ventas.

GATA disse...

Mal comparado, há uns tempos aconteceu-me uma situação semelhante. O FDP do meu ex (que tal qual ratazana, abandonou o 'barco' e deixou-me 'afogar' sozinha) encontrou o meu melhor amigo e disse-lhe para me dizer que pedia desculpa pelo que tinha acontecido... Errr, 9 anos depois??? Hum, será que está a morrer e quer a extrema unção??? Mais valia estar calado!!!

Emma disse...

Reagiria exactamente da mesma forma. Eu também não posso ouvir esse tipo de coisas. Mas que falta de sensibilidade de quem conta!

Poetic Girl disse...

As pessoas não têm noção que às vezes é melhor mesmo estarem caladinhas, mas também acho que quem faz isso faz com uma certa dose de maldade, sabe que toca lá naquele ponto! bjs