Caos. Caos. Caos.
É assim que anda a minha vida, sem tempo para nada, muito trabalho, muitas noites mal dormidas e até algumas directas (coisa que nunca pensei ter de voltar a fazer depois de terminar a faculdade).
O que se passa é que numa altura em que toda a gente se queixa do desemprego, eu até tenho recebido vários convites para colaborar em projectos novos. E sinto-me mal em recusar. Em primeiro lugar, porque porque sou uma pessoa ambiciosa, porque gosto de acrescentar dígitos à minha conta bancária; em segundo, porque admito que o trabalho é uma importante fonte de realização para mim, porque gosto de desafios, de ser reconhecida pelo meu esforço.
Tenho um emprego bastante razoavel, a tempo inteiro. Talvez muita gente se contentasse com isso e aproveitasse o tempo livre a as facilidades de horários para descansar e curtir os pequenos prazeres da vida. Eu uso-os para trabalhar ainda mais, noutros locais, noutros projectos.
Claro que há sempre aqueles momentos, em que, muito perto de um esgotamento, me recrimino por ser asssim. Digo que não vou aceitar mais nada, que vou passar a descansar mais, que não tenho necessidade de me desgastar tanto... Mas o bichinho é mais forte que eu e acabo sempre por suportar a minha decisão com o facto de ser a altura certa para investir na carreira, uma vez que ainda não tenho filhos, nem responsabilidades familiares.
Ainda ontem me telefonaram com uma proposta bem aliciante (e extenuante, também) e neste momento estou por aqui a dar voltas à agenda, a tentar arranjar forma de a encaixar no meio dos meus 1001 afazeres.
As minhas estórias não ficaram esquecidas, apenas guardadas, para quando tiver mais tempo.Entretanto, todos os bocadinhos livres servirão para vir cá fazer a catarse emocional e descontrair nestas linhas, de que tanta falta tenho sentido.