segunda-feira, 18 de maio de 2009

A minha vida deveria ter mais dias assim

Hoje, cheguei a casa com a certeza de que fiz a diferença no dia de algumas pessoas, de que há por aí gente que se sentiu melhor graças a mim, ainda que por apenas alguns momentos.
Sinto-me feliz por isso. E sinto-me feliz por me conseguir sentir feliz com isso. É bom ver que evoluí, que tenho valores e propósitos de vida mais altruístas, e que as situações negativas que a vida me trouxe acabaram por me tornar numa pessoa melhor, mais sensível, mais humana.

Hoje foi também um dia importante porque fechei o negócio da compra de carro novo. Ao fim de muitos meses, de muitas indecisões, de mudar de ideias em cada novo concessionário que visitava, a coisa lá se deu. Acabei por fazer uma escolha baseada na razão, na sensatez.
Poderia, efectivamente, ter optado por um carro de um segmento superior. Dentro de alguns meses estaria pago, e eu ficaria com um carro daqueles de fazer inveja. Mas em tempos de crise, é preciso ter cuidado com as alhadas em que nos metemos. O trabalho corre bem, não tenho nenhum motivo para temer o desemprego, mas nunca se sabe, não é verdade? Por isso decidi não dar um passo maior que a perna, e comprar um carro mais modesto, que, orgulhosamente, irei pagar a pronto, com o dinheiro ganho por mim, sem comparticipações parentais.
Prefiro assim, não me apetece fazer um empréstimo nesta fase por causa de um carro, e recorrer à tal comparticipação iria fazer-me sentir uma looser. Sinto-me satisfeita por já ser independente e auto-suficiente do ponto de vista financeiro, sinto-me crescida.

O bólide eleito saiu-me a um preço razoável, deu para colocar uns extras para ficar mais de feição, é económico e tem uma estética que me agrada bastante. Para além disso, teve a aprovação da mãe e da mana (do pai, nem por isso, mas, afinal de contas, o que percebem os homens de carros?), o que, para mim, era fundamental.
Agora, é só esperar que ele venha, e que tenha ao volante dele a mesma sorte que sempre tive ao volante do meu actual.


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