sábado, 28 de março de 2009

Conversas profundas

Aqui fica a transcrição de uma conversa com a minha mãe, uma conversa que, sem dúvida, irá ter repercussões na minha vida:

Mãe: Realmente estás muito bonita, mas não conseguias fazer o mesmo sem demorares tanto tempo?
Cinderela: Não, mãe, não consigo. A beleza dá trabalho, sabias?
Mãe: Andas-te a produzir muito para ir trabalhar…

O mais grave nisto tudo nem é o facto de os elogios da minha mãe virem sempre com uma crítica subtil a reboque. Grave é ela ter insinuado, por eu andar feliz e ter mais vontade de me arranjar, que eu ando interessada em algum dos ogres lá do perímetro!
Cruzes canhoto, que o diabo é torto! Lagarto, lagarto, lagarto! Três pancadas na madeira e uma mão cheia de sal deitada ao chão por cima do ombro!

Se a ideia é que eu passe a sair de casa mais cedo, devo dizer que resultou, porque segunda-feira já vou de trabalhar de fato-de-treino, que é para afastar suspeitas insultuosas quanto ao meu bom gosto no que toca ao sexo oposto!
Podem passar a achar que eu sou feia mas se for esse o preço a pagar para deixar claro que não ando desesperada e que mantenho os meus critérios rigorosos de qualidade, não me importo.


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