sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Descanso aos alertas, que eles também precisam de férias


Sempre que as temperaturas passam dos 23ºC é um Deus nos acuda, que o país fica todo ele num mar de chamas. Todos os anos é a mesma conversa, todos os anos o fogo nos rouba várias centenas de hectares de floresta.
Agora, ainda mal tiveram tempo de retirar os alertas coloridos por causa do calor, bastou terem caído dois pingos de água para os desgraçados lá terem voltado ao serviço. E é ver a nação a lutar contra as inundações e as enxurradas e os estragos que estas deixam pelo caminho.
Não tarda nada, começam os alertas devido ao frio e mais tragédias se avizinham.

Ou seja, temos um país de treta que não está preparado para nada, para nenhum tipo de clima... Se está calor, assamos; se está a chover, afogamo-nos; se faz frio, congelamos. E eu pergunto: se todos os anos a história se repete, já não podiam ter pensado em estratégias eficazes para minimizar o impacto das condições atmosféricas? E não me venham dizer "Ah, e tal, porque nós somos um país de clima temperado, e daí sentirmos mais as intempéries e os fenómeros metereológicos mais extremos..." Tangas, é o que é. Se em tempo eles eram a excepção (e aí compreendia-se a nossa falta de preparação), agora são a regra. Já há muito tempo que deixámos de ter um clima temperado, e quanto mais cedo admitirmos isso e tomarmos providências para lidar com a força das estações do ano, mais cedo vamos evitar estas calamidades.

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