segunda-feira, 27 de abril de 2009

Wake up call


Hoje, acordei sobressaltada, com o telemóvel a tocar.

Durante muitos anos, tirei sempre o som ao dito aparelho durante a noite, assegurando apenas que despertava à hora prevista. Ultimamente, dado o meu estado civil, não o tenho feito, porque, a bem dizer, também não tenho ninguém que se lembre de me ligar ou mandar mensagens durante a madrugada.
Por isso, quando fui roubada ao meu sono de beleza por aquele malfadado toque, entrei em pânico. Pensei de imediato que era do trabalho, que tinha adormecido e que estava a faltar aos compromissos agendados para de manhã.

Atendi sem ver o número. Reconheci logo a voz dele:

-"Bom dia, miúda! Acordei-te?"
-"O que é que achas?"- perguntei eu.
-"Que sim!"- respondeu.
-"Queres alguma coisa?"
-"Queria só ouvir a tua voz de sono... E desejar-te bom dia."
-"Obrigada e igualmente." - finalizei, de forma seca, num misto de alívio, surpresa e dormência cerebral.

Andei o dia todo a pensar nisto e ainda não sei bem o que pensar... Estou indecisa entre o extremamente egoísta (se calhar chegou cedo ao emprego e para passar o tempo resolveu acordar-me) e o a modos que querido (por razões óbvias).

Aguardam-se novos elementos que suportem alguma destas hipóteses...

1 comentário:

Neni disse...

Pra passar tempo fazia conversa, não dizia só o que disse:)
A modos que fofo.